tag:blogger.com,1999:blog-9932074050375978422024-03-08T12:59:33.317-08:00Nem toda Bossa é nova......Nem toda rosa é rosaUnknownnoreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-19183317957410435922010-07-12T20:25:00.000-07:002010-08-24T20:07:15.076-07:00Em cores dobradas meu coração retratado<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande';">Como dobradura de papel tu me tens na mão. Me fazes em tantas partes que, se cortasse algo mais que o coração, viraria quebra-cabeça – não bastasse a minha já quebrada.<br /><br />Hoje, aberto e desvendado, exponho mais que a ferida e me vejo figura-inteira, precisando mais que só teus dedos pra me segurar.<br /><br />A imagem daquilo que nunca fomos está borrada pelas lágrimas que derramei em razão de cada sorriso teu e, mesmo sendo obra do acaso, nossa tela ainda enfeita a sala desse lugar que nunca foi o nosso lar.</span></span></b>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-7402943966576457262009-02-10T23:14:00.000-08:002009-02-10T23:20:14.971-08:00Mesagens Apessoais - Sobre ser e estar<span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" >Alguns tentam ser alguém, eu só quero ser eu mesmo.</span>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-2765743719722326782009-01-25T22:27:00.000-08:002009-01-25T22:33:29.027-08:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Lua e Sol na Terra de Deus<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">Quando a lua anoitece o dia, o dia morre de alegria.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">O dia morre pensado em amanhecer a lua e, assim, a lua desce e padece a espera de outro encontro,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">num eterno esconde-esconde onde, qualquer dia, talvez num meio-dia, a lua-cheia de não ter o amor, abrace o sol e receba seu calor. </span></span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-59657896553768089672009-01-03T06:56:00.000-08:002009-01-03T07:02:13.048-08:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Da Lua que virá, o nada vira tudo<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Antes de ter o tudo, tinha o nada. </span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >E o nada, preto-e-perto, tinha tudo, limpo e claro, tomado pelo preto, longe-escuro.</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Um dia o dia vira, o vento vira a vela e a vela apaga o vento. </span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >O sol que se gabava já não sola como solava,</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >sente o frio que vem com o vento, triste-opaco, já é relento.</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >O nada que está com tudo, tem tudo, que ainda é nada,</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >mas sabe o tudo que ainda é tudo se hoje o tudo ainda é nada?</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Meu dia ainda é noite, e quem sabe é o sabiá,</span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >mas do tudo, que ainda é preto, espero a Lua me iluminar. </span>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-46711876572883271582009-01-02T08:44:00.000-08:002011-10-06T22:01:59.255-07:00Na dor e sem calor - Sentindo pena dói menos ainda<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >- De marreta é assim, filho, “levanta pra cima” e, quando desce, quem vem a baixo é o boi. É uma. E vai um. E vem outro. E outra. E vai o outro. E mais um. E mais uma. E é uma só porque o pai tem pena deles, filho. </span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >E depois “da uma” vem a faca – se não morreu “na uma” morre na faca.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Passa a faca e deixa de pata pra cima, o sangue sai do buraco e entra no nariz pra sair no buraco de novo – se não morreu na faca morre no sangue.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Vez ou outra o pai pega uns boi brabo, filho, uns que não morrem nem na marreta, nem na faca e nem no sangue, mas aí, depois do sangue, o pai tem que tirar tudo que tem dentro, pra vender separado pro moço do açougue e, se não morreu antes, morre agora. Desses eu sinto mais pena. Esses morrem vazios e ainda por cima sentem o vazio... se sentem vazios – dizem que o vazio de dentro é o pior.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >- E eles gritam porque dói, né pai?</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >- Doer, dói, mas ia doer mais se o moço do açougue chegasse aqui e não tivesse boi pra eu vender, ia doer mais porque ia doer na gente, filho.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Agora vai pra dentro de casa, amanhã o pai te ensina como sentir pena deles – sentindo pena dói menos ainda.</span>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-26565097312228824722008-10-10T00:15:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.255-07:00O prazer que se pode vencer - O "amor" e não poder vencê-lo<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Hoje eu já não caibo em mim. Meus olhos reluzem uma solução de água e sais que me ofusca a vista e, só de teima, fica ali, salvando minhas dores de serem enxurradas.<br />Por mais que eu fuja do amor ele sempre dá um jeito de me encontrar - a razão e o coração brigando de navalha nos dentes e a alma se debatendo, tentando descobrir se existe algum lugar mais baixo que o chão.<br />Durante um mês inteiro fiz um regime, cortei carboidratos e tudo aquilo que provocasse o amor, mas infelizmente, durante esse mês, tudo que consegui perder foram trinta dias da minha vida e um bocado de força imunológica.<br />Eu não tenho como me esconder dele, por mais que eu tente, ele sempre me acha. O “amor” está nos dentes brancos dos comerciais, no café amargo com quatro colheres de açúcar, no mico-leão da nota de vinte e até no tempero/canção brega que a dona de casa usa pra dar gosto ao feijão. O único problema de me juntar a ele, o amor, é que assim estarei admitindo que não posso vence-lo - não poder não é o problema, o problema é admitir.<br />Minha salvação é que em tempos de pornografia virtual ninguém mais precisa ser amado para amar. Sentimentos platônicos voltaram com tudo nessa estação – felicidade 24h por dia ou garantimos a devolução do seu esperma.<br />Sites de relacionamento, e-mail com peitinho, chá das cinco... é tudo a mesma merda. O mundo, hoje, não apenas me condena como também me executa e eu, nessa prontidão sem fim, não apenas vou fingindo que sou rico, mas também, de esperto que sou, finjo ser bobo e, o amor, de malvado que é, finge que acredita.<br /><span style="font-weight: bold;"></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-69491984530961949962008-10-10T00:09:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.256-07:00O prazer que se pode vencer - Pormenorização fragmentada<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Quando você acha que a sua vida está boa, você começa a entendê-la. Ai é que complica tudo.<br />Ver seus sonhos baterem de cara no muro da razão não é para os fracos. Ou talvez até seja, de repente os fortes tem sonhos feito eles, capazes de quebrar qualquer muro, tijolo-por-tijolo, até ficar só o pó.<br />Vez ou outra, tenho espasmos de sanidade e me deparo com questões obvias da vida... tão obvias que nem consigo achar resposta. Porem eu logo me controlo, faço um esforcinho e volto à minha alegre-ignorância.<br />Alguns dos meus momentos de insanidade-invertida deixam marcas. Marcas que eu mesmo faço, rasguinho-por-rasguinho, em toda a extensão do meu peito tentando extrair, assim, qualquer resquício de amor. Amor esse que eu só encontro depois de um ou dois litros de sangue A menos no meu corpo. Fico deitado, imóvel, no chão, me fingindo de morto pra ver se assim Deus vem falar comigo. Ele sabe que eu não acredito nele, mas um dia eu ainda provo pra mim mesmo que estou errado.<br />Enquanto isso eu fico esperando. Esperando o desespero de esperar sentado e me iludindo, achando que a única semelhança entre eu, sucedido estelionatário de ilusões, e o pobre operário de construções é o sufixo que nos rege.<span style="font-weight: bold;"></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-59444304444045601572008-10-07T20:34:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.256-07:00Na dor e sem calor - Fui só pra ver como volto<div style="text-align: left; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Ali estou eu, assistindo da primeira fila minha própria morte, fazendo uma diligencia do meu eu. Estou sozinho num quarto escuro pensando em por que diabos minha vida teve que ser tão regrada... deixar de fazer o que queria é do que mais me arrependo nessa hora, mas também não deixo de pensar se eu realmente quis as coisas certas. Até que ponto então fazer ou não fazer algo foi certo ou errado? minha vida sempre foi cheia dessas questões que só agora eu consigo ver o quão estúpidas são.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Ainda posso sentir que está frio, o lençol verde que me cobre não é suficiente pra me aquecer essa noite, tampouco as lembranças de todos os momentos quentes da minha vida. Eu nunca fui muito católico mas me entristece o fato de não ter um padre pra me dar a extrema unção pois já estou in articulo mortis. Só porque eu nunca acreditei em Deus tinha Ele que deixar de acreditar em mim? toda minha vida me chamaram de Salvador e agora, na hora que eu mais preciso, não posso salvar a mim mesmo e não há ninguém pra me salvar.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Eu sempre ouvi falar que quando estamos prestes a morrer nossa vida passa diante de nossos olhos e eu agora vejo tudo preto, será que é isso a minha vida, a mais pura ausência de cor? afinal eu não vejo a luz branca no fim do túnel, eu não vejo o túnel, não vejo nada...</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Meus amigos, os poucos que tenho, devem estar todos ocupados, afinal todos eles tinham algo pra fazer, um estimulo para continuar lutando, coisa que eu nunca tive. Talvez tenha sido por isso que a minha vida foi se acabando, de tanto ficar quietinho no meu canto, parado, ela foi se acostumando assim. Minha vida foi achando que viver era isso, não fazer nada e então a morte, para ela, é o ápice da vida.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Não tenho nenhuma mulher pra chorar por mim nesse momento. Todas que tive foram, na minha vida, pequenas parasitas que sugaram tudo de bom que tinha em mim. Meu carinho foi com uma, meu respeito foi com outra, minha dignidade, minha alegria e a ultima de todas levou consigo só o que sobrava, meu pequeno coração que por ela insistia em bater. Nem senti muita falta dele, afinal ele foi com sua verdadeira dona.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Talvez o meu problema tenha sido minha bondade excessiva, nunca tive coragem de roubar nada disso que me foi tomado pra refazer o meu eu.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Penso agora em todos os cigarros que não fumei, em todos os foras que dei e todas as canções que não cantei. Quantas mais vão vir depois que eu morrer? minha modéstia me faz pensar que o mundo vai seguir e eu não vou estar lá pra ver, mas tudo aquilo que eu aprendi com os falsos filósofos da tv me faz pensar, em contra-ponto, que o mundo pode acabar ali, no exato momento da minha morte. Se não acabar o mundo inteiro, pelo menos o meu mundo eu sei que vai acabar e se serve de consolo sei ao menos que não vou levar a vida de ninguém comigo, afinal ninguém habita esse lugar cheio de chuva e neblina.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >E minha morte é isso, um dia nublado com leves pancadas de chuva. Não posso nem ao menos dizer que meu apocalipse particular é como esses de filmes onde o dia vira noite e uma grande tempestade devasta tudo que passa por seu caminho. Os “cavaleiros” que vem ao meu encontro são simpáticos homenzinhos que montam suas bicicletas e me perguntam se não quero carona. Dizem aquilo como se minha resposta não fizesse muita diferença. Se eu aceitar ir, tudo bem, se não, não. Mas se eu não aceitar ir faço o que? depois de todo esse alarde que fiz pra mim mesmo com essa coisa de morrer, não posso simplesmente levantar e sair andando por ai. Ta certo que não fará muita diferença, afinal minha honra dever ter ido junto com alguma das parasitas que cruzou meu caminho.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Será que vale a pena manter minha palavra uma ultima vez? eu até que quero morrer mas tenho que entregar um trabalho pra faculdade amanha. Não posso faltar na ultima avaliação do semestre com uma desculpa fajuta dessas.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Eu quero ter reconhecimento em minhas obras e sei que fica muito mais fácil depois de morto, ainda mais se eu morrer jovem assim. O problema é que eu ainda não tenho nenhuma obra. Mas de repente eu posso ser lembrado por alguns em alguma conversa de esquina, alguém pode lembrar do Salvador, aquele cara simplório que tava sempre ali na volta, nunca fez mal a ninguém... com alguma sorte alguém pode até lamentar minha partida.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Já deve ser mais de nove e meia e meu corpo moribundo e cheio de ossos faz companhia a minha mente afetada por todas as besteiras de verso de caixa de cereal e ondas de microondas. Sinto meu crânio cada vez mais apertado por todas as palavras que nunca consegui dizer, sinto minha consciência querendo fugir de mim – “Não, fica aqui. Me faz companhia só mais um pouco.”. É o que digo pra ela tentando fazer com que não me privem dessa que pode ser minha ultima escolha. Viver ou não.</span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Eu sempre tive insônia mas justo hoje sinto que dormir cairia bem. Mas e se eu não acordar mais? nem me preocupo, todo o café que tomei na minha curta vida deve ser suficiente pra me manter com os olhos vidrados por pelo menos mais uma década. </span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Sinto também os mosquitos me picando para extrair o pouco sangue que ainda resta no meu corpo frio, fazem isso como se estivessem vingando cada pequeno mosquitinho que eu matei. Fico até feliz com isso, pelo menos sei que ainda estou vivo. </span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Viver... eu pensando tanto sobre isso e acho que nem sei direito o que significa. Será que isso que eu venho praticando ao longo dessas duas décadas é mesmo “viver”?</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-60050918133960528312008-09-17T21:55:00.000-07:002009-01-02T12:45:40.770-08:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Jaz-mim<div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">Olhando assim nem parece triste, ainda mais quando se colocam jasmins espalhados pelo corredor, não que fossem pra ele, mas mesmo assim os jasmins faziam seu serviço.</span></span><br /></div><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;"></span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">O homem que maquia os cadáveres hoje virou um e não há ninguém para maquia-lo. Há somente uma pá, que de tanto pá-virar hoje em dia é pá-furada. </span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;"></span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">A terra de enterrar está molhada e afunda o pé do coveiro que não veio trabalhar.</span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;"></span></span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">O maquiador que hoje é defunto bem que podia se enterrar, mas não faz sentido se ninguém for chorar. E ninguém vai. Tudo por causa dos jasmins - não que estivessem ali por ele, mas mesmo assim fizeram seu serviço.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-13453229348992902452008-09-16T01:56:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.256-07:00O prazer que se pode vencer - Eu acho que quero te querer<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-size:130%;" ><span style="font-family: times new roman;">- Eu posso te queimar?</span><br /><span style="font-family: times new roman;">- Pode, mas só um pouquinho. – Se ele não perguntasse eu queimava até os dentes, mas eu não gosto de homem frouxo.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">-Tu me amas?</span><br /><span style="font-family: times new roman;">- Amo – Se ele não perguntasse eu não diria, o faria.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-91085652931772269332008-09-16T01:52:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.256-07:00Na dor e sem calor - Press REW button<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">- Press REW button, please.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O frio cai monocromático sobre meu corpo, espalhando impulsos nervosos que me fazem retorcer os dedos. Nenhum dos vinte escapa. Não há barras de ferro ou pedaços de madeira à minha volta, o máximo que posso fazer, então, é destinar meu olhar para o centro da terra, onde minhas lágrimas batem e rebatem, ecoando uma sinfonia-doente que, fascinada por si mesma, clama por mais lágrimas.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Já é difícil até de me apoiar nos joelhos e olhando para baixo sinto algum resto de sangue ou um tumor, não sei ao certo, se dirigindo à minha cabeça. A dor é essencial neste momento, ela é que me faz sentir vivo e lembrar que não sou o único que está errado, afinal, o que mais a vida é além de uma ótima idéia executada da pior maneira possível?</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Mesmo apoiado no chão, meu dedo ainda se torce e por causa de uma pedra, estrategicamente mal colocada - perco uma unha descobrindo, assim, que ainda há um pedaço de carne no meu corpo que eu não tentei comer nos dias de fome.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não há mais o que esperar. O campo já virou cidade, a menina virou mulher e os entregadores já não me entregam nada. O filme que passa diante dos meus olhos é um curta-metragem de baixo-orçamento e sem os direitos para tocar no fundo as musicas daquele sambista fanho. Mais uma vez centro os meus olhos no cimento-seco que, de tanto me agüentar, sinto como se já fosse meu e mergulho sem luxo e sem sentimento esperando o chão virar mar-vermelho. De novo, de novo e de novo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">...Abro um olho... o outro eu não consigo, não, o outro ta aberto, mas só vejo o preto. Um e dois e o frio, como se medisse em tonelada, me pressiona outra vez contra o chão.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não há mais esperança. E olha que eu nem queria morrer, só esperava que, como num filme, eu desmaiasse e acordasse numa cama macia de fim de tarde e com um leve calor, glorioso-combatente do frio que, pouco-a-pouco me esmaga tudo-tudo.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-69962239488718982312008-09-16T01:32:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.256-07:00O prazer que se pode vencer - Giovana<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" >Depravado, escroto, retardado. – Assim ela dizia que eu era. E eu, bobo feito um cordeirinho, ressoava um comportado “Eu te amo.” na boca do leão.<br />Toda quinta e sexta carnificávamos o nosso amor. Quinta, no dia dela, eram sempre exatos vinte e sete minutos de penetração blasé embalados por cinco ou seis modinhas démodé. Já na sexta eu não a perdoava, despia ela com os dentes de todo seu pedantismo e a estocava até ficar explicito em suas artérias azuis.<br /><br />- Devagar, tu queres me matar?<br />- Não amor, preciso de ti amanhã. Quero que me exibas pra todas tuas colegas de serviço mal-amadas que matariam pra me fazer um boquete enquanto gozam com uma garrafa de vinho-tinto socada no cú e descansam Marta Medeiros na cabeceira.<br /><br />Giovana tentava me comprar com o sonho de Paris, e eu, tentava corrompe-la com o sonho de Platão.<br /><br />Oito livros por mês e a vida me ensinou a ser o avesso de tudo. Quero assistir o desfile com Giovana em dia de feriado militar. Juro que me comporto pra poder andar no banco da frente.<br /><br />Mesmo não tendo uma Harley Davidson, Giovana sabia que minhas ereções matinais eram toda a aventura que ela conseguiria nessas alturas da vida. Com quarenta e dois anos divididos pelos níveis de submissão, se ela me deixar agora, o máximo que pode conseguir é um advogado com uma vida de quase-luxo e um priapismo em pílula azul de quatro horas.<br /><br />Se não experimentou maconha na faculdade, agora é que não vai fazer.<br /><br />Já eu busco o oposto, levianas mentiras à mesa de jantar e a vida em eternos close-ups. Não é a toa que faço filosofia, de onde mais eu poderia tirar assunto para me aproximar de elegantes mulheres de meia-idade que praticaram sexo-anal contadas dezessete vezes, uma em cada aniversário de ex-esposo?!<br /><br />Giovana me trata como se eu fosse sua nova bolsa Prada, e eu gosto disso, mas na hora do sexo é que eu me divirto. Assisto prazerosamente Giovana tropeçar em suas “convicções”. Ela diz que quer fazer a volta ao mundo, mas consigo ouvi-la gritando em silêncio quando rasgo seu lindo conjunto da Tifanny’s. Talvez, no fundo, isso seja o que me dá prazer nessa hora.<br /><br />O odor de Channel misturado a lagrimas contidas é divino.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-38926713095151276282008-09-16T01:26:00.000-07:002011-10-06T22:01:59.257-07:00Na dor e sem calor - Naturalismo Profano<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" >Poucas vezes na minha vida tive a oportunidade de fazer amor.<br /><br />Minha cabeça, em freqüências variáveis, recusa a vontade de excluir o lado sórdido dos meus pensamentos. Uma tentativa pudica e víscerosa de me remeter a aquilo que realmente sou.<br /><br />(EU NÃO QUERO!).<br /><br />Essa aceitação filosófica da verdade, nua-e-crua, me arrebata com movimentos involuntários-destrutivos. Meu corpo luta, luta e luta. Tudo em vão. Sigo me olhando no espelho e vendo a imagem mais sincera do que sou, o homem por trás das máscaras, o homem que construiu as máscaras, o homem que quebrou as próprias máscaras.<br /><br />(EU NÃO QUERIA!).<br /><br />-Não é por mal. Ele me pede, mas não é por mal.<br /><br />Passos delicados, suaves, num chão azul-escuro, procuro lugares isolados, onde nem o brilho do luar possa revelar minha tristeza (eles dizem que é doença, mas já disse – não faço por mal). Fugas emaranhadas e nomes em salto-alto não adiantam nessa hora, eu sempre consigo fazer – mas não é por mal, eu juro. Eu nunca rasgo nada e tenho sempre uma preocupação com os botões. Ajo com muito carinho, não que eu sinta alguma coisa, mas é que tenho medo de me ver refletido em lágrimas.<br /><br />(EU NÃO QUERIA, MAS ÀS VEZES EU QUERO).<br /><br />Foram tantas vezes que já nem me assusto mais... só com o silêncio. Quando dá o silêncio eu corro pra contar pra ele, eu conto porque dói, e ele ri de mim (eu não gosto quando ele ri... e ele sempre ri), aí eu me sento num canto e ele diz que me ama. Eu amo ele também, por isso é que não vou embora, mas se ele fosse seria bom.<br /><br />(EU FAÇO, MAS ÀS VEZES NÃO QUERO).</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-59188387255158224792008-08-23T19:58:00.000-07:002009-01-02T22:29:09.217-08:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Ama em pé e samba na chão<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">Enquanto houver um coração no chão haverá um bordel em pé.<br />E haverá um malandro, sambista da dor – samba-dor-samba-dor -<br />recolhendo cacos do pobre pierrot, – com-amor-sem-amor.</span><br /><span style="font-family:times new roman;"><br />Enquanto houver uma mulher em pé haverá um homem no chão.<br />E haverá o samba pro sambista – dor-que-samba-samba-dor, e os cacos do palhaço sofredor – sem-amor-sem-sabor.</span><br /><span style="font-family:times new roman;"><br />Enquanto houver uma emoção de pé haverá uma razão no chão.<br />E haverá a dor, do samba e do amor – samba-mor-sangra-dor,<br />e os cacos do malandro – samba-dor-dor. </span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-78562432388360061932008-08-10T23:02:00.000-07:002008-09-15T22:22:49.136-07:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Quando chia a panela<span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-size:130%;" ><span style="font-family:times new roman;">Daqui do meu quarto eu posso ouvir a panela chiar. Aí não demora muito pra uma canção-chorada ecoar triste aqui em mim. Vem batendo parede-em-parede e desagua seca nos meus ouvidos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Quando eu era menor, conseguia fingir que não me importava, brincava com barquinhos de papel que navegavam nas lágrimas da minha mãe. Era mais divertido do que brincar na banheira porque água de lágrima é salgada.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Eu tento trancar a porta do meu quarto, mas não adianta, alguém deu a chave para a panela, e ela entra, e entra o choro, e entra a tristeza, e entra-e-fica, e as vezes só o que não entra é a canção, mas o resto entra, e entra-e-fica. Quando é assim, eu rezo pra Santo Expedito (a minha causa pode não ser justa, mas tenho urgência), rezo pra ele me salvar, rezo pra ele tirar tudo que tem na minha cabeça, tudo-tudo, até o que tem de bom, mas quando eu abro o olho, depois da reza, eu vejo que não fui salvo, e que a panela ainda ta aqui, a panela eu não vejo, mas sei que ela ainda ta aqui.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O que me consola é que a panela bate-e-bate, mas nunca me mata. Às vezes eu até gostaria que ela me matasse, mas ela não mata, tem hora certa pra parar, pára na hora da graça, e pára com precisão, meio-dia é a hora sagrada.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Quando a panela pára, e pára o choro, e pára a tristeza, aí a gente senta à mesa, eu dou um beijo em minha mãe e procuro não olhar pros olhos dela, vermelho é uma cor que sempre me deixa triste.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A gente senta ali e ela canta, mas canta sem o choro, sem a tristeza e sem a panela. E não precisa de mais nada, a gente só aproveita esse tempo sorrindo em terra-firme. Em terra-firme não tem panela, nem tristeza e nem choro, tem ela, eu e a canção, às vezes tem o almoço, mas quando não tem eu já nem me incomodo mais.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-23379223172957441392008-06-04T10:38:00.000-07:002008-08-10T23:04:32.693-07:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - Nós Três<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;font-size:130%;" >Aí o dia clareou, o remendo se rasgou, e a chuva, mesmo querendo, não molhou. Na verdade, quem queria era eu. A chuva só batia-e-pingava, ela molhava, mas eu secava.<br /><br />O ruim da chuva e que ela vem no fim. Antes ainda tem o frio, o vento e o trovão. Eu já passei por tudo isso. O frio não me congelou, o vento não me levou, e o trovão, sabe Zeus porque, não me acertou.<br /><br />Além disso, todo-dia, ainda tem a vida. E antes e depois da vida, a morte. E no meio da vida, em meio a tantas outras, tem a minha, que, mais ou menos no meio (um pouquinho pra esquerda) tem uma ferida, a minha ferida.<br /><br />Por essa ferida é que eu agüentei o frio, fiquei no vento e encarei o trovão. Tudo por ela. Tudo por achar que a chuva ia me lavar, mas a chuva só batia-e-pingava, ela molhava, mas eu secava.<br /><br />Antes eu até contava as chuvas que eu secava. Antes de perder a conta eu até as contava, mas agora, depois de tudo (mas antes da morte), apenas fico aqui, na verdade, ficamos os três; a vida, a ferida e eu.<br /><br />A vida para ser vivida, a ferida para ser lavada e - eu.</span>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-42598557701807696972008-05-11T20:23:00.000-07:002009-02-10T23:18:50.878-08:00Histórias mirabolantes em versos desinteresantes - Santificação do pobre -eu-<span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" > Depois de um tempo você acaba desistindo da igreja. Eu passava boas horas da minha vida lá, achando que Deus me pouparia no dia do juízo final, mas Ele não vai. Nos últimos dias eu ficava me masturbando em pensamento enquanto o padre falava de meia-dúzia de putos-amarrotados que a gente só conhece dos calendários. Às vezes, quando eu alcançava a graça, jorrava o gozo pelo nariz.</span><o:p></o:p></span><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt; font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); text-align: left;font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p><span style="font-size:100%;"><span style="font-size:78%;"><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >0300-666-DEUS</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para comprar o seu lugar no paraíso, tecle 1</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para extrema-unção, tecle 2</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para tele-sermão, tecle 3</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para comprar ingresso do show dos Beatles com o Paul original, tecle 4</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para milagres, tecle 5</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Para comer uma de nossas atendentes, tecle 9</span><span style="font-size:78%;"><o:p style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;"></o:p><br /></span><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:78%;" >- Lembre-se de visitar o nosso site, </span><span style="font-size:78%;"><a style="font-weight: bold; font-family: lucida grande;" href="http://www.oh-my-god.com/">www.oh-my-god.com</a></span><o:p></o:p></span></span></p><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); text-align: left;font-family:times new roman;"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p><br />É isso. Vou fazer um empréstimo e virar crente numa dessas novas religiões, comprar sêmem-congelado de Jesus enquanto o assisto, mais José e Mâinha, dançando numa ópera-rock.<o:p></o:p><br />Se no cartaz novo dessa igreja mostra até o nosso Satanás entrando na fila para comprar pão que não está amassado, por que eu não posso também?<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; text-align: left;"><span style="font-size:100%;"><o:p style="font-weight: bold;"> </o:p><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" >- Nome...</span><o:p style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); font-family: times new roman;"></o:p><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" >- Antonio Benedito dos Reis.</span><o:p style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); font-family: times new roman;"></o:p><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" >- À vista ou no cartão?</span><o:p style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); font-family: times new roman;"></o:p><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" >- Faz parcelado?</span><o:p style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51); font-family: times new roman;"></o:p><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-family:times new roman;" >- Em até 4-vezes.</span><o:p></o:p><br /></span><span style="font-family:Arial;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-size:100%;" ><span style="font-weight: bold;font-family:times new roman;" >- Então me dá duas.</span></span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-52230627146905785242008-05-09T01:29:00.000-07:002008-05-09T01:39:59.149-07:00Histórias mirabolantes em versos desinteresantes - Se não posso ser um, me viro em dois<span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family: times new roman;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Se não posso ser pedreiro, viro madeireiro. Construo minha casa de pau-a-pique e viro barrereiro pra fazer o arremate.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Faço a porta e janela, deixo até algumas frestas pra tirar esse teu cheiro lúbrico.<br /><br />O pedantismo pouco-a-pouco vai nos matar.<br /><br />Vou chegar em casa todo-dia, na hora da Ave Maria.<br />Vou sentir tua faca de aço-velho penetrando o meu corpo, se estranhando em minhas entranhas.<br />Vou falar baixinho no teu ouvido que ainda te amo.<br /><br />E de noite, na cama, eu peço pra tu não chorar. Se Deus é feito de misericórdia, Ele ainda há de nos perdoar.<br /><br />De manhã tudo de novo. O sol-na-cara. Rebento do povo.<br /></span></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-86166976809604576942008-04-20T04:02:00.000-07:002008-12-08T13:53:56.224-08:00Mensagens Apessoais - sobre desencontros esperados<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/SAssGevn_kI/AAAAAAAAAGo/6AAfjKBMTs4/s1600-h/979392108_6c23ced59a.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/SAssGevn_kI/AAAAAAAAAGo/6AAfjKBMTs4/s200/979392108_6c23ced59a.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5191291485318282818" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Finais de semana são destinados a todas aquelas pessoas que você sempre passa pela rua sem cumprimentar, mas nas sextas (ou sábados-feira), abre um largo abraço e solta felizes falsas palavras.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Finais de semana são quando o pendulo da nossa balança moral sai do "Cidadão de bem" e vai para o "Ausência de senso (comum, incomum, critico, do ridículo...)".</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Mentiras em tons arcaicos se tornam musica nos finais de semana.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Mas nem só de sofismas são feitos esses dias, des-encontrar uma pessoa a qual é certa que vamos encontrar, apesar de horrível, é muito mais real do que isso tudo.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">O des-encontro é um mutuo sentimento de não-cinismo, não-fingir que está tudo bem, não fazer por onde agradar.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Des-encontros são menos comuns e mais reias, menos agradáveis e mais sinceros, menos desejados e mesmo assim acontecidos.<br /><br />p.s.: minhas sexta passei em casa, meu sábado teve um des-encontro esperado no início, mas no fim foi muito bom.<br /><br />pp.s.: odeio quando escrevo coisas ao estilo "Querido diário..." mas tive que faze-lo pra separar os fatos ocorridos.<br /></span></span></span></span></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-61623747410734427162008-04-01T22:16:00.000-07:002008-04-01T22:18:44.282-07:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - 5:37<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family: times new roman;"> 5 milhões de teraherts combatendo 7 milhões de gigabytes.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">A morte, com a foice entre os dentes, fazendo cafuné pra tentar sarar minha dor de cabeça. Mas ela não encosta seu pezinho fino no meu gelado.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Ela tem medo que eu queime seu coração-ameixa com o foguinho da minha carência.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">7 milhões de hyper-nadas combatendo 5 milhões de super-outros.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Jacó não sabe que eu roubei o seu carinho, mas eu sei que mesmo assim ele o daria pra mim.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">5 milhões de pensamentos combatendo 7 milhões de escapamentos.</span><br /><span style="font-family: times new roman;">E todos eles espremendo minha cabeça-quilograma.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-52355655771096412008-03-30T11:28:00.001-07:002008-03-30T11:30:28.011-07:00Histórias mirabolnates em versos desinteressantes - Acorda<span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family: times new roman;">Os coringas presunçosos colhiam o dia como ninguém, o problema é que eles nunca fizeram estoque. Foram aproveitando o momento até a hora em que o sonho morreu na contramão.<br />Rock-Amargo e Cafe-Tacuba já não dão mais conta do recado<br /><br />Como te extraño!<br /></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-50140171289231265822008-03-26T23:16:00.000-07:002008-12-08T13:53:56.335-08:00Mensagens Apessoais - sobre cores de Almodóvar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R-tBp-5Tk_I/AAAAAAAAAGI/egTyFQacj9o/s1600-h/1147824665_extras_albumes_0.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 193px; height: 133px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R-tBp-5Tk_I/AAAAAAAAAGI/egTyFQacj9o/s200/1147824665_extras_albumes_0.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182307985733686258" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51); font-weight: bold;font-family:times new roman;font-size:130%;" ><span>Muitas vezes eu gostaria de registrar momentos para transforma-los em filme. Sabendo que não posso fazer isso, apenas deixo minha mão em forma de concha e à junto ao rosto limitando meu campo de visão ao mesmo de uma câmera. Por alguns instantes eu tento gravar na minha cabeça momentos, pessoas e as sensações que elas passam. Minha vida mudou por completo quando assisti <span style="font-style: italic;">"Hable con ella"</span>, lá com meus 15 anos. Pedro Almodóvar Caballero conseguiu, com aquele filme, abrir os meus olhos para um mundo novo, o mundo que eu vivo desde então. Quando você entende que Almodóvar carrega tanto seus filmes com cores pois estava cansado de ver uma Madrid cinza e triste, você começa a dar mais importância pra elas, assim como ele trata das mulheres em seus filmes. A mulher é um ser divino e muitas vezes é injustiçada, Almodóvar não se conformava com a sociedade machista que ele já satirizava desde a década de 70 e em seus filmes fazia do foco principal a mulher forte, madura, meiga e carinhosa.<br />Depois de todo esse tempo idolatrando o homem que fez eu desejar fazer do cinema a minha vida, tenho certeza que vejo tudo de outra forma, da forma mais "viva" possível.</span></span><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><br /></span></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-40398248901564263902008-03-16T18:41:00.000-07:002008-12-08T13:53:56.441-08:00Mensagens Apessoais - sobre fatos não consumados<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R93XovRYVvI/AAAAAAAAAGA/78p4ffOzXxQ/s1600-h/1861098867_a0caca738d.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 183px; height: 97px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R93XovRYVvI/AAAAAAAAAGA/78p4ffOzXxQ/s200/1861098867_a0caca738d.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178532241430042354" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">A real veracidade de alguma coisa só se da com a consumação da mesma. Coisas que ficam somente em nossos pensamentos por tempo demais normalmente não se concretizam.<br />A concretização das nossas idéias, por menor que sejam, exige de nós uma dose de coragem, dose essa que varia de acordo com o risco proporcionado por tal idéia. Mas indiferente do quanto de coragem que precisemos, ela é obtida de acordo com nosso esforço e com nossa real vontade de que ela saia do imaginário.<br />Muitas vezes somos detidos pela preguiça do progresso. Idéias não saem simplesmente andando de nossas mentes e se tornam reais, realizações de fatos exigem que nos movimentemos, nada acontece enquanto estivermos parados e é aí que ela, a preguiça do progresso, entra, nos impedindo de sair do aconchego de um sofá qualquer pra viver aquilo que se realmente quer.<br /><br />p.s.: não é uma boa idéia gostar de alguém que já tem um sabonete!<br /><br />pp.s: postei esse texto antigo pois eles já estão se acumulando!<br /></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-91046795424092085062008-03-12T22:56:00.000-07:002008-03-12T22:58:47.781-07:00Histórias mirabolantes em versos desinteressantes - O bem que eu não te fiz<span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family: times new roman;">Não é aquele que eu não quis dar</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Não é vento que vai definhar</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Não sai daqui sem antes confundir</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Nem vem a tona antes d'eu sonhar</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Escorre seco sem nem me perguntar</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Sente dentro o caminho mal andado</span><br /><span style="font-family: times new roman;">Vai embora lavando meu penar</span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-993207405037597842.post-64947320179817864032008-03-02T20:36:00.000-08:002008-12-08T13:53:56.591-08:00Mensagens Apessoais - sobre noites no underground<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R8uG-i3T5kI/AAAAAAAAAF4/B3M0EAg-IWc/s1600-h/lua.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_NBSuAlV2f0U/R8uG-i3T5kI/AAAAAAAAAF4/B3M0EAg-IWc/s200/lua.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5173377006033954370" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-weight: bold;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;">Sair de casa para aproveitar a noite pode ser uma aventura maior do que você espera. Se você não está indo para uma festa cuja entrada custe no minimo dez reais então você pode acabar vendo coisas tão bizarras que nem se quisesse poderia inventar. Ainda ontem, quando eu só esperava dar uma volta pela noite que começou chuvosa, encontrei pessoas que queria encontrar, pessoas que não queria, um ex-colega da sexta série que me chamou de emo, passei por uma rave que o lado de fora estava melhor que o de dentro, joguei sinuca e pimbolim, assisti um bêbado derrubar uma moto e chingar o amigo do dono que por sua vez o empurrou fazendo com que o bêbado caísse de maduro quebrando o nariz e rasgando a testa e assim que ele levantou se perguntava o que tinha acontecido enquanto a namorada do agressor queria leva-lo para o pronto socorro. Enfim, sabe aquelas coisas que acontecem a todo instante mas você nunca está por perto pra ver... pois é, ontem eu vi todas elas. Logo ontem que eu só esperava me molhar um pouco na chuva...<br /></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0