segunda-feira, 12 de julho de 2010

Em cores dobradas meu coração retratado

Como dobradura de papel tu me tens na mão. Me fazes em tantas partes que, se cortasse algo mais que o coração, viraria quebra-cabeça – não bastasse a minha já quebrada.

Hoje, aberto e desvendado, exponho mais que a ferida e me vejo figura-inteira, precisando mais que só teus dedos pra me segurar.

A imagem daquilo que nunca fomos está borrada pelas lágrimas que derramei em razão de cada sorriso teu e, mesmo sendo obra do acaso, nossa tela ainda enfeita a sala desse lugar que nunca foi o nosso lar.

Um comentário:

Anônimo disse...

"A imagem daquilo que nunca fomos está borrada pelas lágrimas que derramei em razão de cada sorriso teu"


pode crer :D